Será que é realmente necessário contratar um designer, uma agência de publicidade ou um assessor de imprensa para cuidar do marketing e da comunicação da sua empresa? E se for marketing pessoal, precisa de tantos profissionais cuidando da sua imagem?
“Crie seu site em 5 minutos.”
“Crie seu livro e publique gratuitamente.”
“Crie logotipos grátis!”
“Não requer conhecimentos técnicos!”
“É fácil e barato!”
Você já viu propagandas deste tipo no Facebook, no Google… em todo lugar. Não tenho dúvida. Será que estes serviços são bons? Valem o que você paga por eles?
Se para abrir um negócio fosse exigido que todo mundo tivesse um MBA o que seria do Google, da Apple, do Youtube ou da Cisco? É claro que todos estes serviços de “faça você mesmo” vieram para facilitar, baratear e tornar acessível o que um dia foi algo reservado aos experientes.
Para o pequeno empresário, sem estes serviços seria impossível, nos dias de hoje, apresentar sua empresa com um mínimo de profissionalismo. Além de um site, é preciso ter conta em todas as mídias sociais, publicar informações interessantes quase que diariamente, ter material impresso para distribuir… a lista não termina. E se fosse necessário pagar por tudo isso, além dos impostos e os custos da matéria prima, não sobraria tempo nem dinheiro para viver.
Com designer ou sem designer? Eis a questão.
No começo de um negócio, o importante é tirar ele do papel. Começar, lançar, empreender… Aqui na ImagineNation adoramos a frase “pense grande, comece pequeno e ande rápido”! Faz parte da filosofia do empreendedor. Já experimentamos vários destes serviços gratuitos ou baratos e muitos realmente são bons, mas todos têm limites. Chega aquele momento no qual você quer expandir seu negócio, ou atrair mais público e precisa de alguma adaptação no site, ou aquela personalização, e se depara com as dificuldades do serviço pré-formatado. Ou você se molda a ele ou não tem jeito.
Outra questão é que no começo de um novo empreendimento o empreendedor precisa ser um faz tudo! Mas vai chegar o momento em que será necessário priorizar: ou você vai atrás do fornecedor de matéria prima que atrasou uma entrega e corre para cobrar do desenvolvedor o prazo prometido ou você não terá serviço e produto para oferecer. Nessa hora é fácil esquecer da comunicação, do marketing, das relações públicas… e é aí que mora o perigo.
“Pense grande, comece pequeno e ande rápido”!
Quer auto-publicar seu livro? Mande bala, mas cuide com edição, revisão e design para não correr o risco de publicar algo irrelevante. Seu apego emocional não vai lhe conferir frieza crítica suficiente para saber o que cortar e melhorar. Ou pode acontecer o contrário: o excesso de autocrítica causa verdadeiras amputações desnecessárias. Conhecer o mercado e o público do seu livro é fundamental para definir o estilo da capa e atrair leitores.
Quer montar seu site sozinho? Não perca tempo! Mas compreenda que montar um site é apenas o começo da jornada. É preciso aprimorar o conteúdo para os mecanismos de busca (SEO), publicar conteúdo periodicamente, analisar o comportamento dos visitantes através das estatísticas e fazer ajustes constantes para manter o público chegando e engajado.
Por que “faça você mesmo” pode dar errado
Quando ocorrem problemas a causa é sempre a mesma. A pessoa se esqueceu de assumir o papel do publicitário, designer ou jornalista. Quando você se torna editor de um livro, por exemplo, além de ser o autor é necessário deixar de lado o aspecto criativo que se preocupar com o estilo, a arte, e passar a ser a pessoa de negócios.
É necessário ter a agilidade para “vestir o chapéu”. Um editor se dedica ao desenvolvimento do produto, ao marketing e aos lucros. A capa de um livro é sua principal ferramenta de vendas, é a imagem que representará o livro em todos os veículos de vendas. Até mesmo o título é examinado: É atrativo? Compreensivo? Atende ao objetivo de vendas proposto? O texto das orelhas ajuda a vender o livro?
Como acertar
É fácil acertar desde que você se lembre qual chapéu está usando a cada momento do processo e se coloque no lugar da pessoa de negócios quando for traçar objetivos. É preciso também colocar-se no lugar do público e analisar se está entregando o que ele procura.
O importante é separar as funções de criador/produtor e vendedor. Se conseguir fazer isso não importa qual decisão você tome. Sempre será uma decisão acertada.
Em última análise…
Quando toma em suas próprias mãos a incumbência de desenhar seu site ou livro é necessário assumir um novo papel, menos pessoal e com distanciamento daquele “filho”, daquela obra que criou com tanto carinho.
Um designer experiente, um publicitário dedicado ou um jornalista tarimbado dedica toda sua vida a pensar sob a ótica de sua profissão, conhece os segredos do mercado e se coloca no lugar do público comprador. Já ouviu dizer que médico não trata de familiares? Por que será? Por causa do envolvimento emocional. O envolvimento emocional dificulta o distanciamento e a visão crítica.
Caso sinta dificuldade em se distanciar, não tema. Contrate um profissional. Ele poderá ajudar sob medida.