Quando se fala em empreendedorismo social a primeira coisa que vem a mente são ONGs tentando fazer o bem e ao mesmo tempo batalhando mês-a-mês para captar recursos, dependendo de voluntários e com dificuldade de pagar salários até mesmo para seus gestores. No entanto, isso não precisa ser assim desde que se aplique conhecimento de negócios ao propósito de melhorar a sociedade.
“Empreendedorismo social é um termo que significa um negócio lucrativo e que ao mesmo tempo traz desenvolvimento para a sociedade. As empresas sociais, diferentes das ONGs ou de empresas comuns, utilizam mecanismos de mercado para, por meio da sua atividade principal, buscar soluções de problemas sociais.” – Portal Brasil
O apoio surge através de organizações como a Artemisia, a Ashoka Brasil, a Schwabb Foundation e a Libria que orientam e mentoram equipes durante o processo de descoberta e desenvolvimento de projetos.
O processo
Inicia-se com a identificação de um problema social ou de um grupo que precisa “resolver uma dor”. Pode ser na área de alimentação, educação, mobilidade urbana, moradia, acesso a crédito, entre outros. É necessário conhecer profundamente a área escolhida para compreender o impacto que será proposto.
Tendo identificado o propósito, a principal forma de efetuar mudanças é melhorando radicalmente a tecnologia de um sistema e ao mesmo tempo deixando os atores atuais em seu lugar. Existem três formas de alcançar isso:
- Substituição: Substituir uma tecnologia principal por uma de baixo custo.
- Criação: Criar uma nova tecnologia capacitadora permitindo que os usuários façam coisas que antes não conseguiam.
- Readaptação: Readaptar uma tecnologia capacitadora existente.
Estas estratégias não são mutualmente excludentes. Podem e devem ser combinadas para alcançar um novo equilíbrio sustentável.
No final das contas, o Santo Graal do empreendedorismo social é encontrar formas de poder cobrar por produtos e serviços e ao mesmo tempo fazer um bem à sociedade. Ferramentas de negócios, como o Value Proposition Canvas, são usadas para montar um modelo de negócios e traçar estratégias de marketing, estruturas de custos e propostas de valor. Muitos modelos estão sendo testados para que se possa encontrar o ideal. Ambientes de fomento como o proporcionado pela Libria são o lugar perfeito para avaliar e validar estes experimentos.
Nossa trajetória de empreendedorismo social
A ImagineNation escolheu, como foco de suas propostas, a cultura e a educação porque sente que isso dá poder ao indivíduo para tomar as rédeas do seu destino. Na Alemanha, após a Segunda Guerra Mundial, pessoas com maior nível de escolaridade e forte educação familiar foram as que mais rapidamente saíram da crise econômica que se instalou. Fizeram isso com muito mais sucesso e criatividade por terem as ferramentas que as capacitaram a enxergar além da sua condição social momentânea.
Beatriz Franco atesta isso em seu desabafo sobre como a crise do Brasil de hoje a afetou. Ela percebeu oportunidades na sua dificuldade e hoje é uma pessoa mais forte.
Por isso acreditamos, temos certeza, que é possível alcançar um futuro melhor e sustentável através da cultura e da educação.